25/04/2010

Sobre gostos e cores...


Escolhi essa imagem para falar de uma coisa que para mim é extremamente difícil.

Ontem quando saímos, conversei com o Cássio e com a Isis sobre a dificuldade que é expressar o gosto. É sobre isso que pretendo falar...

Conheci pessoas que entendem de vinho, que saboreiam queijos e sentem os problemas de maturação, que cozinham uma barbaridade. O que sinto dificuldade de compreender é o momento de expressar a experiência de saborear algo...

Alguém pode me dizer "Mas não é preciso falar !". O simples gostar ou não basta. Ok, contudo, isso mexe muito com aquilo que podemos chamar de boa cozinha ou tornar banal todo esforço por agradar alguém pelo paladar. Também haveria problemas tais como saber se não estamos dando algo divino a porcos, ou como cozinhar para pessoas que não sentem a diferença entre uma carne de porco ou de gado. Complicado...

Contudo, pode-se facilmente cair num grau de afetação ao discursar sobre o gosto das coisas que chega a ser desprazeroso, como no caso da tirinha, ou como no caso dos demonstradores de vinho que falam de gostos como "Cereja dos campos Eslavos do verão de 1980". Também complicado...

Quase não tenho dúvidas que saber apreciar os alimentos é melhor para a pessoa,pois essa "vê o mundo" com mais riqueza. Contudo vale perguntar-se qual a sabedoria necessária para lidar com a aquisição dessa riqueza.

Gosto muito do que escutei do acreano Armando Nogueira. Ele dizia, gosto muito de vinhos e gosto muito de mulheres. De ambos não entendo nada, só sei que guardo boas histórias.

Abração!

06/04/2010

Abrindo um caderno sem dono...

Se há algo de que o ser humano não pode se omitir é de se expressar, ao não fazê-lo pode incorrer no grave crime do "disperdício da unicidade de sua exitência". Assim, sendo cada exitência unica deve ser valorizada e respeitada no mais profundo da produção do seu espirito.

A expressão humana, seja ela tomada de empréstimo, seja ela original, seja ela através do silêncio, da imagem, do som ou do tato, enfim, seja qual for o meio, a expressão é garantia de tocar as profundezas eternamente inquietas do espirito humano.

Portanto, para aqueles que desejam aprender a suspender-se sobre essas profundezas para elas melhor observar e enfrentá-las com olhar atento que elas exigem é necessário um espaço de criação.

Esse blog é um caderno sem dono. Agora, basta utilizá-lo.