O peso da existência pode ser pesado. Não no sentido de medido, mas de ser difícil de carregar.
Aprendi muito com meu joelho. Ele me ensinou. Me ensinou que passo a maior parte do tempo negligenciando que tenho um corpo.
Ele me dava a dor e a imobilidade, eu retribuia com o não-esquecimento e raiva.
Meu joelho me ensinou o valor de dar um passo. De passar adiante e do passado.
Me ensinou que preciso me recuperar para conseguir dar um passo a diante. Que era necessário passar pelo longo período de recuperação para poder voltar e ficar bem.
Aprendi com meu joelho que a natureza do meu corpo cuida de mim, mas que para isso, preciso ajudá-la.
Meu sábio joelho me ensinou a vê-lo como estando fora e depois a trazê-lo de novo para dentro (do corpo?)
Meu amigo joelho, me ensinou que o passado não precisa ser carregado no corpo. Que eu era livre para carregar o peso que achasse considerável e que para caminhar bem é preciso deixar alguns pesos para trás.
Boa recuperação, meu caro braço direito!
Essa foi uma postagem resumo de fenômenos que ocorreram quando operei meu joelho.
RépondreSupprimerÉ foda mesmo.
RépondreSupprimerTrata-se de uma coisificação: provar o sabor de se tornar coisa. Isto é, provar o sabor de ser "não-livre". Mas, o que é pior, é só um sabor, porque da liberdade não se pode escapar (enquanto consciente). Logo, o peso vem dessa falsa coisificação: mente livre (o que é uma tautologia)com corpo preso.
É o desequilíbrio entre o ser e o pensar: parece que nesses momentos pesados, mais somos que pensamos, sem deixar de pensar. Porque se deixássemos, bom aí, seria um peso completamente vazio.
Abs.