13/09/2010

Trauma Original

O que podemos dizer se diante desse todo primitivo que em nós dorme, chamassemos o seu abandono, e a passagem à multiplicidade, de trauma original.

E, se o trauma original, a perda daquela plenitude, significasse alcançar a linguagem – o seu nascimento - e que a linguagem fosse a tentativa de pronunciar esse todo.

E, se diante do fracasso nessa enorme tarefa de ressituar o todo, o homem tentasse

1.negar, inconscientemente, que deseja esse todo, por que crê que o tem

2.ou negasse, inconscientemente, que teve esse todo, por que não crê que o mereça

3.ou jamais soubesse, nem inconscientemente, que perdeu esse todo

4. Não se conforma em saber, inconscientemente, que sabe não ter esse todo

Que existências supostas em discursos se geram diante disso?

1. Perversão

2. Melancolia

3. Psicose.

4. Neurose.

Só um ensaio de aproximação com questões já conversadas.

4 commentaires:

  1. Dentre o perverso, o melancólico, o psicótico e o neurótico posso escolher um pra gostar mais?
    Em caso afirmativo, escolho o último.

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  2. Faz todo sentido!

    (refiro-me ao post do Fernando, nao ao teu comentario Isis... :) )

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  3. Eu sou uma anta!
    Só (acho que) entendi depois de uma explicação do Fernando via facebook.

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  4. Bem boa a formulação Fernando! Numa linguagem limpa tu enunciaste quatro formas do sujeito com a castração. E a travessia de uma analise nos coloca por fim diante de uma última possibilidade: não temos esse todo original que esta para sempre perdido, mas encontro objetos de satisfação substitutos que guardam os traços desse original, mas livres do embaçamento fantasmático que nos atormenta.

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