Todas inspirações passam.
Exceto aquelas que ganham forma.
Se bem que estas também passam.
O que não passa é que um dia foram inspirações.
Assim como não passa a doença do homem inspirado
que consiste na sua inspiração.
E se perguntam por que não passa essa doença,
a resposta é fácil.
Não há cura para aquilo que não se sabe a causa.
Ainda que a inspiração passe,
que para ela não haja elogio, olhar, ouvido nem palma.
A doença de se insipirar não sai da alma.
é incrível como constantemente e por um motivo qualquer nos inspiramos; igualmente incrível é a fugacidade da inspiração... ela vem e vai. não pede pra chegar, tampouco se despede ao sair. quando viu veio; quando viu foi;
RépondreSupprimereu relaciono muito a inspiração com a paixão. Estar apaixonado é a possívelmente a maior das inspirações. Não é atoa que Vinícius foi casado tantas vezes, sempre em busca da chama eterna de um instante de inspiração.
é claro que essa paixão/inspiração deve ser entendida de modo bem vago, pois praticamente qualquer coisa pode ser fonte de inspiração...
uma palavra, um gesto, um som...
só o que não pode é fechar as portas da sensibilidade, pq eu duvido muito que a inspiração nasça de um conceito. Alias, normalmente ela é tão cega que o ato mesmo de conceitualização acaba por findar a inspiração.
Mas seja como for, estou só divagando... o importante é que "a doença de se insipirar não sai da alma"... uma doença que desejamos ser fulminante, pois afortunados são aqueles que vivem a doença da inspiração.
até o fim.
RépondreSupprimerLindo Fernando!
RépondreSupprimerE inspirador...