Bom, vou postar alguns versos incompletos. Fiquei um tempo pensando em como eu poderia transformá-los no que eu essencialmente estava pensando ou sentindo ao escrevê-los, porém, quanto mais o tempo passa mais eu me esqueço do que passava naqueles dias. Espero poder voltar a lembrar algum dia...[ps. os 2 primeiros vêm da conversa ontem, mas ainda não consegui chegar no foco do problema]
sigo postando mais durante a semana. A primeira parte vai continuar parecendo choradeira, acho que na segunda vai mudar um pouco...
I.
Não posso crer já ter perdido.
Pois, se fosse o caso, não teria por que continuar.
Ora, mas sei que sigo...
Mesmo sem bem saber para onde,
Não cesso de caminhar.
E sobre o futuro?
Sinceramente não sei.
Como poderia saber o que vai ser?
Eu que nem bem sei o que é.
Mas, a despeito dos limites da minha ignorância,
Sou livre para [saber?] pensar como poderia ser.
Não quero falar na falta de iniciativa, tampouco no esvaziamento das relações.
Não quero lembrar-me do deserto pessoal ou na míngua dos sentidos.
Seria triste perder tempo pensando na padronização das particularidades.
Portanto, não.
Prefiro falar de como poderia ser [de como as coisas poderiam dar certo].
II.
Não nego a nobreza. Tampouco a esperança...
Viso o objetivo, como a seta que busca o alvo,
Porém, sem bem saber qual seja,
Vou atrás do objetivo certo [seja ele qual for].
[Imagino que no momento o caso é a busca de algo ainda incerto e fugaz,
Vou atrás do meu destino como uma flama,
Que incendeia o espírito e revigora a alma.
Mesmo sem bem saber o que buscar].
III.
Sou perito em fugir da vida,
Alimento-me nas sombras;
Da felicidade e amor me esquivo,
Da inércia sou o mestre...
Contenho em mim todos os contrários à vida,
Sou o instrumento do fim
A corda do enforcado,
A arma do suicida.
Falta capacidade,
Talento nunca existiu,
Inerte realidade
...Nenhum sonho permitiu;
Sem reflexo no espelho
O relógio sem ponteiros.
Palavras falsas, [sem vida]; morte aos significados.
IV.
Preciso desfazer a impressão de que sou incapaz.
[Não há valor na farsa]
Ser incapaz é aceitar e temer as limitações.
[preciso abrir mão da casca]
Talvez seja um mesmo preguiçoso,
Lamentando a própria limitação,
Sabendo que posso ser o que não sou,
Mas: - acomodação,
Porque me falta motivação?
[Falho-me por não-ser meu ser,
Assim, não sendo
, perco-me esquecido ao contrário
Deixando de acontecer].
Talvez seja o caso de que de não me sei
E nisso... Delimito-me na ignorância do meu ser
Não sabendo quem posso ou não posso ser,
Frustro-me por não saber,
Algo me vem à mente: - o que importa?
Não há nada a perder
Pois, se for esse o caso
Nunca estive de posse de algo [para poder deixar de ter];
Nunca soube quê algo sou [para poder deixar de ser].
Ora, se sempre fui o que não soube,
o que podia deixar de ser que soubesse?
Mesmo não sabendo, garanto...
Apreendo... [Por algo indemonstrável]
O que sinto;
Sentindo a razão intuir sentidos.
V.
Faço filosofia para transcender o que posso pensar,
para ir além dos meus limites abstrativos,
- vejo-a como um estudo dos conceitos
O filósofo é um agente definidor,
que ordena os significados e suas infinitas relações;
no preço do abismo
limiar entre [ser e não-ser] - .
Intelijo no abstrato em si da realidade,
Além do confim, no limite da finalidade.
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O IV é muito muito foda.
RépondreSupprimerSério, muito foda (li de novo).
RépondreSupprimerRealmente, o IV é muito bom.
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