21/10/2010

Como um dínamo... II

Segue o poema... [esclarecimento: eu estava no auge da crise causada pela ética do tio Aris. o IV e o V tbm são desse mesmo dia; o VII é mais antigo;].. tem bastante coisa tosca que eu nunca me dei por satisfeito, mas faz parte.. hehehe


VI.

É quando exijo o máximo de minha disposição,

[Donde fibro meu caráter,

Desfaço-me do nó da ilusão.

Dando o máximo de minha disposição,]

Que me torno virtuoso em minha função.


Escrevo, escrevo, escrevo...


Mas como saber que estou fazendo o melhor que eu posso?

É comum sentir uma forte insegurança,

não raro, o medo toma conta por completo meu pensamento.

Fico preso ao nada em si


VII.

- Sou o reflexo do vazio, infinitizei-me na nulificação...

Destruí a singularidade pela generalização,

cancelei minha identidade, abri mão de qualquer traço de distinção,

perdi-me no vazio de minhas abstrações.

De lá não voltei...

Fui capturado pelo nada em “si mesmo”,

Que não me deixou deixar pegadas pelo espaço ou rastros pelo tempo;


VIII.

Tive em mim tudo para ser o melhor que pude,

Tanto não me fui que me deixei esquecer.

Perdi o melhor de mim, pois não aconteci de me ser.

Quis por muito acreditar que não fui porque não pude,

Hoje vejo que não pude ser porque não quis.


IX

.Caí no próprio conto, logrado,

Tão cedo me deixei derrotar pelo medo,

Fui engolido pelo não-ser, o vazio.

Neguei-me agindo na imperfeição


E de lá não voltei...


Preso a subjetividades falhas,

Que me fugiram do meu caráter,

Deixei de ser o melhor que pude,

Mas não só, fui além e tornei-me do que pude o pior ser,

Hoje vejo a imagem no espelho,

Mas não reconheço o reflexo que me aparece.


X.

Hesito como alguém que tem algo a falar,

mas não tem certeza de como se expressar.

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